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quinta-feira, 30 de novembro de 2006

PT Partido do Trambique, cercando pelos 7 lados

VOCÊS SABIAM ?
A doutora Elizabete Sato, delegada que foi escalada para investigar o processo sobre o assassinato do Prefeito de Santo André, Celso Daniel, é tia de Marcelo Sato, marido da Lurian, que, apenas por coincidência, é filha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ou melhor, a coincidência é que Marcelo Sato, o genro do presidente da República, é sobrinho da Delegada Elisabete Sato, Titular do 78º DP, que demorou séculos para concluir que o caso Celso Daniel foi um “crime comum”, sem motivação política.

Também apenas por coincidência, Marcelo Sato é dono de uma empresa de assessoria que presta serviços ao Besc (Banco de Santa Catarina, federalizado), no qual é dirigente Jorge Lorenzetti (churrasqueiro oficial do presidente Lula e um dos petistas que o presidente chamou de “aloprado” no escândalo do dossiê contra os tucanos).

É ISSO AÍ. VAMOS QUE VAMOS.

Intentona Telefonista

Quarta-feira, Novembro 29, 2006

Intentona Telefonista

Domingo passado, dia 26 de novembro, vai entrar para o Almanaque das Histórias Lendárias do nosso Exército como o “Dia da Intentona Telefonista”.

Motivo: um General de Divisão, dos mais importantes do Forte Apache, em Brasília, telefonou para os Comandos Militares, com o objetivo de demover os comandantes de área, Generais de Exército, de quatro estrelas, a não realizarem, no dia 27, as tradicionais celebrações em memória da Intentona Comunista, sob a alegação de que o “momento não era propício”.

Para azar do General de três estrelas, sua intentona telefonista falhou: os quatro estrelas não lhe deram bola e promoveram suas solenidades, normalmente, lembrando que no dia 27 de novembro de 1935, uma rebelião comunista assassinou 33 militares que dormiam nos alojamentos do 3º Regimento de Infantaria (na Praia Vermelha) e da Escola de Aviação Militar, no Rio de Janeiro.

Restará ao General, por seu ato de bravura em favor do governo petista, esperar por suas novas estrelas.

A quarta, que vem em março, e a quinta, que os petistas lhe darão como condecoração pela gloriosa batalha (perdida) pelo telefone.

Alerta Total

Jornalismo Inteligente e Informação Privilegiada são as marcas registradas do Alerta Total. Leia todo dia! Política, Economia e Assuntos Estratégicos. Nitroglicerina Pura! Brasil, Acima de Tudo! Editor-Chefe: Jorge Serrão

terça-feira, 28 de novembro de 2006

LULA TRIPUDIA DA JUSTIÇA NA REUNIÃO DO PT

O presidente Lula decidiu tripudiar da Justiça durante o encontro do final de semana do PT, em São Paulo. Ao se referir ao caso Emir Sader, presente ao encontro e membro convidado para compor a mesa do encontro do Diretório Nacional, o sociólogo condenado à cadeia e à perda do cargo de professor universitário federal, por caluniar o senador Jorge Bornhaussen PFL-SC. Lula fez um verdadeiro desagravo do mesmo. Disse Lula: “A sociedade brasileira não pode aceitar que um cidadão se dê ao luxo de querer castigar um companheiro que ousou defender sua raça". O presidente interno do partido, Marco Aurélio Garcia, também saiu em defesa do condenado Emir Sader: “Estamos juntos aos milhares de intelectuais que protestaram contra esse ato arbitrário, que faz lembrar os velhos tempos da ditadura militar, à qual serviu com afinco e dedicação o senador pefelista. A contribuição intelectual de Emir tem juízes bem mais doutos do que alguns trêfegos analistas. Sua integridade ética e política é por nós todos conhecida". Ou seja, Marco Aurélio Garcia disse que a sentença do juiz foi igual a um ato da ditadura militar. A fala de Lula foi grave porque ele, como presidente da República, não pode tripudiar sobre a lei e sobre o Poder Judiciário. Quando faz isso, está ativamente advogando em favor da ditadura.

Recomendamos a leitura dos mais diversos assuntos escabroso desse desgoverno Lulático, postados no site abaixo

Caboré

http://www.videversus.com.br/default.asp?idcoluna=595#NOT11377

Desinformação contínua, marca da safadeza

Desinformação contínua, marca da safadeza
por José Luis Sávio Costa em 25 de novembro de 2006

Resumo: A abertura total, irrestrita e recíproca dos arquivos sobre os “anos de chumbo” que as esquerdas desencadearam deveria ocorrer.

© 2006 MidiaSemMascara.org

Ao tentar colocar as idéias em dia e mais uma vez, conscientemente, apesar da necessidade de romper os traços da disciplina militar prestante que, segundo Camões, não se aprende senhores na fantasia, mas sim vendo, labutando e lutando, resolvi esperar para sentir se, de meus antigos e novos companheiros de farda, surgiam sinais mais enérgicos de repulsa às contínuas omissões que marcam a cadência de um comando que denigre a imagem das Forças Armadas.

Só vi sinais de brios do Comandante Militar do Sudeste, porém não posso afirmar ser um caso isolado devido à dificuldade de acesso aos sites de outros comandos. Pela imprensa nada foi publicado que seja do meu conhecimento.

Na área do pessoal da reserva as demonstrações são inúmeras, desde as respeitosas até as que resvalam na descortesia, como as que pauto, por considerar que os Comandantes das Forças estão subjugados ao Poder do Governo e “aparelhados”, portanto vinculados ao núcleo pétreo que cerca o mandatário petista, o “nada sei sabendo tudo”, acobertado no manto de um suposto legalismo. Na mídia a costumeira cumplicidade e parcimônia de dados.

Neste manto de suposta legalidade é a desinformação que germina e prospera na fala e nos escritos dos representantes governamentais da quadrilha lulapetista, na mídia falaciosa e na ala hipócrita dos “intelectuais orgânicos”, impulsionados pelo marxismo-leninismo esclerosado dos Marco Aurélio Garcia, Tarso Genro, Emir Sader, Zé Dirceu, Marilena Chauí e seus companheiros corruptores, inoculadores deste vírus na estrutura do Estado Democrático de Direito, visando transformá-lo numa República Popular Democrática de formato cubano ou chavista.

Neste cenário, a adesão, pelo contínuo mutismo dos Comandos Militares, caracteriza a omissão que é o galardão dos covardes e o abrigo dos hipócritas. Esconderijo de suas conivências e conveniências, provas que desonram pretéritos compromissos com a Pátria e as Forças que comandam, solenemente pronunciados no limiar de suas carreiras militares.

Mensagens como as do Presidente do Clube Militar, que tive o prazer de conviver em várias oportunidades no passado, são marcos esporádicos de esperança que balizam uma tomada de posição em meio ao chafurdo que o socialismo petista, solerte e indefinível, programa para nossa Pátria.

Desde já, me coloco radicalmente contra qualquer posicionamento de posições marxistas, encapadas em “chavismo”, fidelismo e outros “ismos” que procurem atentar contra nossas liberdades ainda existentes.

Aos Comandantes declaro que não os julgo como meus comandantes mas, sim, como eventuais e passageiros ocupantes de cargos onde exercem seus interesses pessoais e, Deus queira, por tempo delimitado. Conceituo seus superiores hierárquicos como meros chefes de quadrilha.

Defendo o afastamento legal dos lulapetistas, pelos crimes já enunciados pela imprensa e acatados pelo TCU, e ainda em fase de análise pelo Ministério Público, para permanecer, por enquanto, nos marcos da lei e da ordem. Não hesitarei em transpô-los no caso dos marxista-leninistas enrustidos em lulapetistas tentarem ultrapassar os limites do Estado Democrático de Direito.

Ao longo do tempo, em vários artigos difundidos pelo Ternuma e pelo Mídia Sem Máscara, tenho denunciado os mitos que cercam a campanha revanchista, inclusive os ataques contra companheiros meus dentre os quais cito os militares da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, Aluísio Madruga, Lício Maciel, Carlos I. S. Azambuja, Felix Mayer, Agnaldo Del Nero Augusto e outros, autores de obras que procuram demonstrar as falácias relacionadas com a luta armada, propaladas pela esquerda radical e esclerosada, em obras e textos que caracterizam as desinformações do reino da mentirologia esquerdista.

Aos amigos, pares de uma luta que parece solitária, mas não é, reafirmo minhas posições.

Partidário da abertura total e irrestrita dos arquivos sobre os decantados “anos de chumbo” que as esquerdas desencadearam numa luta fratricida, coloquei sempre a condição de que a medida deve ser total e recíproca. Até hoje não tive dos nossos desafetos qualquer resposta.

Neste ambiente do lulapetismo que nos cerca só me resta o protesto que marca uma posição até agora legal, mas não isolada.

Deus queira não ser preciso ultrapassá-la em conseqüência das repetidas ações hipócritas, como as do caso da ação declaratória contra o coronel Brilhante Ustra impetrada pelo casal Maria Amélia de Almeida Teles, 61, e César Teles, 62; seus filhos Janaína Teles, 39, e Édson Teles, 38; e da fornida Criméia Almeida, 58, irmã de Maria Amélia. Seus intentos visam um único objetivo: a manutenção de um clima de revanchismo e crescente antagonismo contra os que mantiveram a lei e a ordem contra os militantes comunistas. Vejamos:

A denúncia e a ação declaratória feita após 31 anos demonstra fria preparação. Os maus tratos alegados são contraditos por relatos escritos nas obras e textos escritos pelos militares da reserva, Coronéis Ustra, em seu livro “A Verdade Sufocada” e nas obras do Cel R1, Aluisio Madruga (Documentário – Desfazendo Mitos Sobre da Luta do Araguaia) e do TCel R1, Lício Maciel (A Farsa do Araguaia) –vejam o texto do TCel Lício abaixo.

Os filhos de Maria Amélia e César, os irmãos Janaína e Édson, tinham 5 e 4 anos de idade à época da prisão de seus pais e seus atuais testemunhos à imprensa, com exposição de suas fotografias, são reveladores de suas formações ideológicas e morais, pois não eram permitidas fotografias de menores nas dependências dos DOI/CODI.

Não podemos esquecer as chamadas da TV Globo coincidente com a campanha revanchista contra o Cel Ustra, quer no Fantástico, quer em noticiários do Jornal da Globo, rememorando e reavivando o período da luta armada enfatizando, como sempre, a violência e a tortura. Já é sua marca registrada como uma das coberturas da safadeza reinante do lulapetismo.

Ao fim, o triste exemplo de um comando militar de afirmar a ausência de atitude por estar o caso do Ustra sujeito à alçada da Justiça... Até quando Albuquerque, abusaras de nossa paciência? Estamos de olho!

“As guerras da Criméia

Lício Maciel

Hoje, atrás de uma polpuda indenização, ela quer fazer crer que foi mal tratada e torturada quando esteve presa, em 1972. Acredite se quiser!

Criméia Alice Schmidt de Almeida, presa em São Paulo após curto período na guerrilha do Araguaia, foi sempre muito bem tratada, tendo toda atenção, principalmente por estar grávida. Durante todos os meses de pré-natal teve tratamento condigno e atencioso no Hospital da Guarnição de Brasília e o parto foi realizado com todas as medidas de praxe. Até festa de batizado houve, com bolo e tudo o mais: presentes, enxoval para o filho, contribuições em dinheiro, etc. Depois, dias depois, foi mandada para casa dos pais. Ela abandonou o filho com os avós e se mandou de volta para a subversão, porém não voltou mais para o Araguaia.

Criméia vivia com André Grabois, filho de Maurício Grabois, chefe militar da guerrilha. Tendo engravidado, foi mandada para São Paulo para ter o filho com todas as mordomias e segurança. Interessante é ressaltar que justamente este fato resultou na descoberta da área de guerrilha. A mulher do André Grabois, o “Zequinha”, por ser da família do chefe, teve a regalia de ser transportada para a cidade grande para dar à luz. A esposa legítima de um guerrilheiro, o Pedro Albuquerque Neto, codinome “Jesuíno”, Tereza Cristina de Albuquerque, codinome “Ana”, recebeu a ordem fria e cruel para abortar, o que era uma norma na guerrilha, cujas leis eram rígidas e os justiçamentos eram uma constante.

Notem bem: Tereza era esposa legítima de Pedro Albuquerque. Até mesmo meros casos conjugais eram decididos com o assassinato do “julgado” culpado; meras suspeitas e tome bala. Inconformada com o tratamento cruel e tremendamente injusto, Teresa convenceu o marido, subornou um morador para guia com algumas poucas jóias e fugiram do inferno (até propriamente denominado de Foguera por Maurício Grabois, o “Velho Mário”; era uma fogueira mesmo). Eles eram comunistas, mas só para os “buchas-de-canhão”; para os “maiorais” a lei era bem diferente. Muitos casos de deserção de guerrilheiros tiveram exatamente este motivo: o tratamento diferenciado entre os da chefia e os “pica-fumo”. Em entrevista a uma revista, o ex-guerrilheiro Paulo Borghetti, o “Paulo Paquetá”, declarou que desertou pelo mesmo motivo. O Paulo Paquetá era proeminente na guerrilha, tendo iludido e levado para lá muitos jovens. Esclareço também que o Paulo Paquetá fazia parte justamente do grupo militar da guerrilha, os melhores, portanto, comandados pelo mesmo André Grabois, o de “grande senso da igualdade social”, o “bonzinho comunista”, grande líder da guerra contra a injustiça social. Tudo, para nossa sorte: Pedro Albuquerque e Tereza, presos em Fortaleza, CE, confessam que tinham vindo de uma grande área de guerrilha. Teresa é liberada (os perversos torturadores soltaram a mulher, vejam bem!) e o Pedro permaneceu preso para que não tentasse retornar à guerrilha. Na cela, tentou o suicídio, mas foi salvo (os malvados torturadores salvaram o guerrilheiro!) e foi mandado, junto com as declarações, para Brasília, tendo servido de guia para uma patrulha do Exército que foi até a área da guerrilha para verificar e constatar o que dissera.

Assim foi a descoberta da grande área da guerrilha citada por Marighela, ocasião em que foi preso o guerrilheiro “Geraldo”, ou José Genoíno, o hoje famoso guerrilheiro de festim, mais recentemente conhecido como “Zé da Cueca Cheia de Dólares”, ou “Zé Genu do Mensalão”.

Vemos assim que a Criméia foi quem realmente propiciou o desbaratamento da guerrilha; ela e seu filho Joca, cujo nome é em honra a outro destemido guerrilheiro, João Carlos Haas Sobrinho. Em seguida, Pedro Albuquerque foi solto (os bárbaros torturadores soltaram o guerrilheiro!). Teresa e Pedro venderam uns trapinhos e outras jóias e viajaram para o Chile e Canadá, onde permaneceram com medo de justiçamento pelos próprios camaradas de aventura guerrilheira.

Voltaram para o Brasil e permaneceram escondidos, mesmo sabendo que o grande chefe João Amazonas Pedroso tinha-os classificado como os traidores que denunciaram a guerrilha, no famoso, equivocado e anedótico livro que escreveu sobre o assunto. Outro grande chefe, Ângelo Arroio, o que fugiu com Micheas, deixando os camaradas à própria sorte, igualmente assim os classificou.

O engraçado de tudo é que eles dizem veementemente que foram torturados. Pedro Albuquerque e Tereza passaram mais de trinta anos inventando toda sorte de mentiras para escapar do justiçamento dos próprios camaradas. Estão aí, porém, fagueiros e vivos (muito vivos, aliás). A pobre Tereza, depois de ter seguido fielmente o marido por todas as estripulias políticas e criado condignamente os filhos longe de ideologias deletérias, abandonada pelo heróico guerrilheiro. Ela, portanto, poderá falar muita coisa interessante. E ele? Mas isto é outra história.

Criméia atualmente está processando o Coronel Ustra como torturador. Por que não pedem a certidão de nascimento original do Joca, o registro de batismo, testemunhas, enfermeiras, médicos, etc. que presenciaram tudo? Talvez seja por isso que ela demorou tanto (34 anos!!!) propositalmente. O pai do Joca foi morto em combate e ela diz que foi em emboscada. Entrem em http://www.reservaer.com.br/, acessem a “Biblioteca Virtual” e leiam lá, na pág. 5, o livro “A Farsa do Araguaia”, de minha autoria; está tudo muito bem explicado. O grupo do Zé Carlos, na madrugada de um dia do início de outubro/73, destruiu uma ponte na Transamazônica e, ao alvorecer, tomou de assalto o Quartel da PM de São Domingos, torturando e roubando os militares. Deixaram todos nús e com todo o armamento e munição e o que puderam levar, inclusive dinheiro pessoal, tocaram fogo (por isso se diziam pertencer à Foguera... que era o próprio inferno) em tudo e se embrenharam na selva. Uma equipe do EB foi atrás e recuperou o armamento, destruiu a munição. Os corpos foram identificados por equipe especialista transportada em helicóptero (está tudo muito bem explicado nos livros "O Coronel Rompe o Silêncio" de Luiz Maklouf Carvalho e, principalmente, no recente livro do Coronel Aluízio Madruga "Documentário - Desfazendo Mitos da Luta Armada").

Eles mentem desbragadamente, inventam coisas incríveis, como estamos vendo atualmente no mar de lama que está quase encobrindo o Alvorada, o Planalto e a granja do Torto, com todos os seus comensais e farristas às custas do dinheiro do povo. Surubas e mais surubas na casa do Palocci com as meninas da Jeane Mary Corner, etc., etc.

Vai ver que a montanha de dinheiro encontrada com os malandros-larápios do PT/Luiz Inácio Pinto é do Francenildo... Agüenta firme Nildo, que o nosso dia chegará!

Pobre Brasil...”

O autor é Ten-Coronel Reformado do EB

l Ref do Exército Brasileiro, dedicou-se às áreas de: Segurança Nacional e Segurança Interna; Inteligência, Contra Inteligência e Operações de Inteligência; Subversão e Contra-subversão.

1935 e hoje

Olavo de Carvalho

Especial para o jornal “Inconfidência”

Em 1935, as idéias de Karl Marx não tinham influência considerável sobre a elite intelectual brasileira. Os poucos que haviam lido algo a respeito não mostraram por elas nenhum interesse mais sério, confundindo-as facilmente com as de outras correntes socialistas, como o fez Lima Barreto, ou então as rejeitaram categoricamente, como Tobias Barreto. Só quem as cultuava, sem compreendê-las senão muito superficialmente, eram os círculos de militantes, engrossados pela imigração européia mas ainda minguados e esparsos. As organizações em que essa militância se articulava não tinham nenhuma presença política expressiva. Seus contatos internacionais eram tênues e esporádicos, e o “trabalho de massas” que podiam gabar-se de realizar, no ambiente escassamente industrializado da época, mal passava de uma figura de linguagem.

Nessas condições, compreende-se que o arremedo de revolução então esboçado, com grotescas explosões de violência assassina no Nordeste e no Rio, fosse uma idiotice em toda a linha, condenada de antemão ao fracasso. A palavra “intentona”, com que os adversários expressam o seu desprezo pela insurreição facilmente esmagada, não é uma distorção pejorativa: é a descrição precisa de um episódio que, se não fosse pelas mortes que causou, jamais teria passado de uma piada provinciana. Os próprios comunistas não gostam de lembrá-lo, porque sentem a dor de um ridículo histórico insanável.

Hoje, em compensação, o comunismo é a mais poderosa força política no país, controlando a quase totalidade dos partidos e reduzindo os demais ao exercício humilhante de uma oposição consentida, dentro de limites estreitos que eles não ousam ultrapassar. Culturalmente, o marxismo, seja no seu formato clássico ou nas inumeráveis variantes que criou, é a influência dominante nas universidades e no movimento editorial, moldando a seu bel prazer o vocabulário dos debates públicos e exercendo por toda parte, como preconizava Gramsci, “a autoridade onipresente e invisível de um mandamento divino, de um imperativo categórico”. Articuladas em “redes” de grande mobilidade de ação, fartamente subsidiadas por fundações bilionárias, por governos estrangeiros e pelo narcotráfico, as entidades comunistas e pró-comunistas têm o monopólio absoluto da militância organizada (inclusive armada) e das manifestações de massa, só deixando a seus adversários, raros e marginalizados, o espaço exíguo de umas colunas de jornal e de uns sites da internet, cuja existência, mesmo assim, é vista como uma incomodidade temporária, tolerada por um excesso de generosidade democrática do esquerdismo onipotente. A vida política nacional inteira, enfim, tornou-se uma versão ampliada da política estudantil dos anos 60, dividida entre os descendentes do PCB (petistas, pecedobistas, psolistas, etc.) e os da AP (tucanos). O resto é silêncio, ou, na melhor das hipóteses, sussurro inaudível. Tão ampla e incontestada é a hegemonia esquerdista que, para camuflá-la e dar uma impressão de pluralismo democrático, foi preciso nomear “direitistas” os esquerdistas apenas inconformados, sinceramente ou não, com a roubalheira governamental.

A gravidade respectiva das duas situações, a de 1935 e a de hoje, é inversamente proporcional à resposta das Forças Armadas numa ocasião e na outra. Então, foi a ação drástica e fulminante, que desfez em fumaça, da noite para o dia, as pretensões aberrantes dos revolucionários. Hoje, é a indiferença anestésica, a acomodação preguiçosa e sonsa ao simulacro de normalidade, o consentimento bom-mocista na entrega do país aos cuidados do Foro de São Paulo, quando não o colaboracionismo servil com o mais ousado e ambicioso plano revolucionário que já se viu na América Latina.

A explicação da diferença não é difícil. É até um lugar-comum. Se você joga uma rã na água fervente, ela pula fora da panela. Mas, se você a coloca na água fria e vai aumentando a temperatura aos poucos, ela se deixa cozinhar tranqüilamente, até morrer. Não creio que haja, entre os oficiais superiores deste país, um só que não conheça essa regra, que não saiba que a rã são eles e que a água em que estão mergulhados vem sendo aquecida, pouco a pouco, desde há pelo menos três décadas. Só não sei se esperam que o fogo apague sozinho, miraculosamente, ou que alguém de fora o apague por pura bondade.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Os mortos da ditadura: mito e realidade

Domingo, Novembro 26, 2006 por Reinaldo Azevedo

Certos raciocínios são mesmo inaceitáveis. Perguntam-me, em vocabulário impublicável, de onde tirei os números sobre os mortos da ditadura no Brasil. Pois não. Do livro Dos Filhos Deste Solo, escrito pelo ex-ministro Nilmário Miranda, petista, e pelo jornalista Carlos Tibúrcio. Aliás, é uma co-edição da Boitempo Editorial (aquela do caso Emir Sader) e da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT. Logo, senhores esquerdistas, a fonte é a melhor possível para vocês. Reitero o que já havia escrito: não deveria ter morrido uma só pessoa sob a guarda do Estado. Mas é uma estupidez e uma fraude querer comparar o que se deu no Brasil com o que aconteceu na Argentina ou na Cuba de Fidel Castro — por que não?

Para ser preciso, o livro lista, com enorme boa vontade nos critérios, 424 casos de pessoas que teriam morrido ou que ainda são dadas como desaparecidas em razão do regime militar — ainda que numa razão nem sempre direta. Estão contados aí pessoas vítimas de acidentes, suicídios, gente que morreu no exterior e até os justiçamentos: esquerdistas assassinados por esquerdistas porque supostos traidores. Sim, meus caros: a esquerda nunca viu mal nenhum em aplicar a pena de morte. Sem tribunal ou direito de defesa.

Desses 424 — logo, bem menos do que os 500 que eu mesmo mencionei porque estava com preguiça de ir à fonte —, assassinados mesmo, comprovadamente, foram 293 pessoas. Mas atenção: isso inclui as que morreram na guerrilha do Araguaia: gente que estava armada, para matar ou morrer. Dá para saber até a distribuição dos mortos segundo as tendências:

ALN-Molipo – 72 mortes (inclui quatro justiçamentos)
PC do B – 68 (58 no Araguaia)
PCB – 38
VPR – 37
VAR-Palmares 17
PCBR – 16
MR-8 – 15
MNR – 10
AP – 10
POLOP – 7
Port - 3

É muito? Digo com a maior tranqüilidade que a morte de qualquer homem me diminui, segundo frase famosa que já é um chavão. Mas 424 casos não são 30 mil — ou 150 mil, se fôssemos ficar nos padrões argentinos. Isso indica o óbvio: a tortura e a morte de presos políticos no Brasil eram exceções, embora execráveis, e não a regra. Regra ela foi no Chile, na Argentina, em Cuba (ainda é), na China (ainda é), no Caboja, na Coréia do Norte, na União Soviética, nas ditaduras comunistas africanas, européias... Só a ALN-Molipo deu cabo de quatro de seus militantes. Em nome do novo humanismo...

A lei de reparação que está em curso no Brasil é das mais generosas, tanto é que alcança até alguns vagabundos que fizeram dela uma profissão, um meio de vida, arrancando dos pobres e dos desdentados indenizações milionárias e pensões nababescas. Até aí, vai uma sem-vergonhice que não ameaça criar tensões desnecessárias.

Querer, no entanto, rever a Lei da Anistia como se o drama dos mortos e desaparecidos fosse um trauma na sociedade brasileira como ainda é na argentina ou na chilena é um completo despropósito. Pode, quando muito, responder ao espírito de vingança de alguns e gerar intranqüilidade para o resto da sociedade, a esmagadora maioria.

De resto, tão triste — ou até mais — do que a tortura com pedigree, aquela exercida contra militantes de esquerda no passado, é a que existe ainda hoje nos presídios brasileiros. Imaginem se cada preso comum acionar o Estado por conta de maus-tratos ilegais sofridos cotidianamente nas cadeias. Ocorre que essa gente não conta com a disposição militante para fazer proselitismo. Não existe uma comissão especial para cuidar do assunto. A esquerda, como sempre, só dá pelota para o "seu povo", não para "o" povo.

Em tempo
Não postei algumas mensagens desairosas, malcriadas, contra Gabeira por causa de seu passado. Até Delfim Netto já foi socialista — fabiano, mas foi. Gabeira pagou, como todos os que foram protagonistas daqueles dias horríveis, o preço por suas opções e soube entender as demandas do presente. Algumas de suas lutas não são as minhas, mas eu saúdo o fato de que sua militância, hoje, só pode ser exercida plenamente numa sociedade democrática e de mercado. E isso está a anos luz de distância do petismo. Querem saber? Acho até louvável que ele não fale como se não tivesse um passado. Ele tem. Não depende dele. O que importa é que ele dá mostras de saber o que fazer daquele tempo.

Censuro a ação que hoje colhe o coronel Brilhante Ustra porque me parece que ela comete justamente o erro de trazer o passado a valor presente, forçando a história a recuar no tempo, especialmente quando temos uma Lei da Anistia. Foi incômodo o tal jantar de solidariedade dos militares da reserva a Ustra? Foi, sim. Não teria ocorrido se alguns aloprados não estivessem segurando gasolina em uma das mãos e um fósforo aceso na outra.

Os militares não são imbecis. Se esse caso prospera, é claro que será apenas o primeiro de uma série. Não sei prever o futuro. Sei operar com categorias lógicas. Se há alguém acreditando que a história pode, quase 30 anos depois, regredir para submeter apenas um dos lados ao chicote, está fazendo uma aposta errada. Errada e perigosa. Ustra só quer que o esqueçam. Os que, hoje em dia, preferem ser lembrados são alguns ex-terroristas que pegaram em armas e agora disputam eleições.

O Brasil é melhor sob a vigência plena da Lei da Anistia. Garanto.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma

Autor: Cel Reformado do Exército, Jorge Baptista Ribeiro

A propósito da Ação Cível, impetrada por notórios subversivos contra o Cel Brilhante Ustra e acolhida pela nossa Justiça, não há necessidade de qualquer saber jurídico para, por raciocínio lógico, dizer-se que, por esta e outras tantas de domínio público, há fundadas razões para afirmar-se que a ideologização da nossa Justiça é uma realidade que lhe tira a majestade. Aliás, majestade que somente se efetiva quando se assenta na estima pública, cada vez mais declinante, em virtude da falência do exercício da Justiça, no mais das vezes, substituída por politicagem rasteira, caracterizada por interpretações de leis e princípios do Direito ao sabor de conveniências partidárias ou, até mesmo, pessoais.

Com muita propriedade, Rui Barbosa, em uma das suas Cartas da Inglaterra, enunciou que a autoridade de justiça é moral, pois sustenta-se pela moralidade de suas decisões. Logo, quando a Justiça a cada dia mais caminha na contramão da moralidade que a sociedade dela espera, esvai-se a esperança de que a Justiça proteja os justos de golpes e desmandos. Particularmente, no caso da intimação do cel. Ustra à barra de um Tribunal, mesmo que amparado pela lei da Anistia, transcende a moralidade do Direito, pelo simples fato de constituir-se em manobra suja, diversionária de Guerra Assimétrica subversiva que visa à obtenção de dividendos políticos. Mais agrava-se o quadro tendencioso quando o magistrado julgador, atendendo a parte impetrante, dispensa a palavra do impetrado.

Ao formalizar neste escrito a minha solidariedade ao Cel Ustra, lembro ao companheiro de farda que o apanágio da nossa carreira é a satisfação do dever cumprido, para com a Pátria . No que respeita a falta de apoio daqueles que, por indeclinável dever de ofício deviam respaldá-lo, trago uma assertiva explicativa do padre Antônio Vieira , na oportunidade do sermão da terceira quarta-feira da Quaresma, na Capela Real, em 1669:

"Se servistes à Pátria que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma."

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

BARRIL DE POLVORA

TRIBUNA DA IMPRENSA

Por Carlos Chagas

Barril de pólvora

Pode estar sendo aceso na próxima semana o pavio capaz de levar à explosão de um razoável barril de pólvora. Na próxima terça-feira, dia 21, realiza-se, numa churrascaria aqui em Brasília, um almoço de desagravo ao coronel Brilhante Ulstra, atualmente julgado pela Justiça de São Paulo sob a acusação de ter participado de sessões de tortura a presos políticos, quando nos anos setenta chefiou o DOI-Codi paulista. Está confirmada, até hoje, a presença de 200 oficiais da reserva do Exército, entre eles 70 generais. Ninguém da ativa deve comparecer, até pelos impedimentos legais e regimentais.

Sem a emissão de juízos de valor a respeito do comportamento do coronel Brilhante Ulstra, vale registrar que essa reunião de desagravo poderá ser a primeira, desde a redemocratização do País, que colocará grupos de militares protestando contra um dos poderes da República, no caso, o Poder Judiciário.

Os militares vêm mantendo até agora conduta exemplar, desde que deixaram o poder, engolindo sapos em posição de sentido, mas sentem-se injustiçados, porque a anistia era para ter apagado excessos de um lado e de outro, nos anos de chumbo. E até hoje apenas têm sido beneficiados com desagravos e indenizações os subversivos ou suas famílias, no caso dos desaparecidos, quando também morreram muitos do outro lado.

sábado, 18 de novembro de 2006

'Cesta básica venceu a ética'

CONJUNTURA Comandante da 8ª Região Militar está preocupado com a Amazônia

O general-de-divisão Jeannot Jansen da Silva Filho comandante da 8ª Região Militar e da 8ª Divisão do Exército, fez severas críticas à atuação do governo federal na Amazônia durante visita de cortesia, na manhã de ontem, à sede da Federação da Agricultura do Estado do Pará (Faepa), a convite da diretoria da instituição para conhecer os principais projetos e atividades desenvolvidos pela federação.

Depois de assistir à exposição sobre os dez principais projetos ligados à Faepa, apresentados pelo presidente da entidade, Carlos Xavier, o general Jeannot Jansen Filho fez uma breve avaliação da conjuntura política do País na área da segurança nacional, do desenvolvimento do País e de seu papel como comandante da tropa que serve à região amazônica nos Estados do Pará, Amapá e Tocantins. Ele fez duras críticas ao orçamento do governo federal; aos movimentos sociais, à atuação de orgãos ambientais do governo, que estariam coniventes com algumas Organizações Não-governamentais (ONGs) e à omissão com relação à soberania nacional, referindo-se à internacionalização e à ocupação desordenada e ilegal da Amazônia. Sobre a reeleição do presidente Lula, afirmou que 'a cesta básica venceu a ética e o bom senso'

Sobre o orçamento do governo federal que está sendo executado neste ano, o general declarou que ficou 'perplexo' com os R$ 24 bilhões para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, enquanto que para o Exército foram destinados apenas R$ 1,2 bilhão. 'Entendo. Discordo, mas não vejo como a solução é muito abaixo do mínimo e impede a nossa atuação com eficiência. Lastimo imensamente', reclamou.

O comandante disse que ficou impressionado pelo fato de a maioria dos recursos do Projeto Calha Norte beneficiarem o Estado de Rondônia e não o Pará, mas lembrou que a aplicação de mais ou menos recursos é uma questão de atuação e pressão da bancada parlamentar de cada Estado. 'Tem muito dinheiro e vai ter mais ainda em 2007', afirmou. Ele declarou que, mesmo não sendo da área, sabe que o maior problema para a liberação de recursos é a falta de organização fundiária, por culpa do próprio governo federal, e que hoje esse ordenamento é de difícil solução porque 'existem organizações que não trabalham para nenhum benefício social e, por isso, estamos atentos, silenciosos, mas acompanhando os assentamentos e as invasões em todo o País, porque há ideologias muito estranhas à nossa', afirmou.

Segundo ele, é preciso que instituições como a Faepa se mobilizem para que os recursos sejam destinados ao combate da internacionalização da Amazônia porque, quando se fala em meio ambiente, a resistência é gigantesca. 'O inimigo é visível quando se fala em desenvolvimento. A pressão vem de fora e aqui encontra ecos, alguns de forma maldosa e outros, inocentes. Mas vamos preservar para os outros? Isso tem que ser revertido pelos senhores de forma inteligente. E acho que podemos ajudar', disse aos diretores da Faepa.

investimentos

O presidente da Faepa, Carlos Xavier, que apresentou o projeto 'Investe Pará' ao general-de-divisão Jeannot Jansen da Silva Filho, disse que a Rede Paraense de Promoção de Investimentos criada pela federação aponta as principais vantagens da aplicação de recursos no Pará em projetos em áreas de florestas plantadas, em óleo de palma, criação de camarão, industrialização da mandioca com produção de fécula para polímeros de bioplástico (produtos descartáveis e biodegradáveis), produção de palmito de pupunheira, criações de ovinos, caprinos e suínos, produção de álcool para abastecer o mercado interno e cultivo de seringais para a volta da produção de borracha natural, além de um entreposto de carne com homologação internacional para tornar o Estado o principal corredor de exportação.

A presença do general, disse Xavier, sinaliza uma possível parceria em defesa do desenvolvimento que a Faepa vislumbra para o Estado. 'O nossa objetivo é buscar parceiros para o nosso compromisso com o desenvolvimento do Estado, do produtor rural e a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e das desigualdades', declarou.

Carlos Xavier afirmou que a Faepa e o 'Investe Pará', que projeta investimentos de R$ 5.353.500,00 e geração de 490 mil empregos diretos, além de 1.470 mil indiretos, funcionam e trabalham em parceria com o governo do Estado e órgãos federais, mas se disse preocupado com a questão da soberania da Amazônia, porque a biopirataria engessa o desenvolvimento. 'Os países do Primeiro Mundo traçaram desde 1981 suas diretrizes para a ocupação da região, mas o que está por trás de tudo é a economia. Eles vivem com medo do desenvolvimento da Amazônia e do Brasil', afirmou.

Para enfrentar o problema, ele disse que é preciso defender e aplicar o Zoneamento Econômico e Ecológico (ZEE) do Estado, elaborado e aprovado por todos os setores produtivos. 'É a nossa responsabilidade para com o desenvolvimento sem a interferência deles, trabalhando de forma legal para atrair investimentos'. De acordo com o presidente da Federação da Agricultura, existem US$ 13 trilhões em fundos e no mercado internacional para serem captados e o Pará precisa estar na frente na busca desses recursos externos.

Jornal O' Liberal

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

ANISTIA ?


Olavo de Carvalho
O processo de indenização movido por César Teles e sua esposa Maria Amélia contra o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra é confessadamente um ato político, calculado para estimular outros militantes esquerdistas presos durante o regime militar, bem como seus descendentes, a que abram processos similares e mantenham acesa por tempo ilimitado a chama da “luta contra a ditadura”, que há vinte anos vem rendendo às organizações de esquerda incalculáveis lucros publicitários, políticos e financeiros.

A tática jurídica adotada é restringir ex post facto a aplicação da lei de Anistia, mediante a alegação de que ela só preserva contra a punição penal, não contra ações cíveis, uma nuance que nunca foi explorada antes por ser demasiado rebuscada para ocorrer de maneira natural e espontânea seja ao legislador, seja aos possíveis acusados ou eventuais beneficiários. A idéia do processo nasceu claramente de uma arificiosa investigação de brechas possíveis que permitam eternizar os ganhos da autovitimização esquerdista. Para os que combateram o terrorismo, bem como para os familiares dos que morreram nesse combate, tudo é um passado doloroso que deve ser esquecido. Para os esquerdistas, é um futuro repleto de promessas: há muito dinheiro nos cofres públicos que ainda não foi gasto em indenizações e muitas manchetes que ainda não foram escritas para a glória do terrorismo nacional. Há uma diferença substantiva entre a reivindicação sincera de quem se sente prejudicado e o ativismo judicial que visa a espremer até depois da última gota o limão das vantagens possíveis. Não é preciso colocar em suspeita a lisura de intenções do casal Telles em particular, pois a má-fé é o pressuposto geral de toda a instrumentalização esquerdista dos “anos de chumbo”.

O que ninguém parece ter notado é que, se o argumento da acusação for aceito pela Justiça, ele abrirá um precedente para que as vítimas e familiares de vítimas de atentados terroristas movam ações similares contra os membros de organizações esquerdistas que apoiaram a “luta armada”, inclusive, é claro César Telles e Maria Amélia Telles. Como diretores da gráfica do PC do B, partido maoísta, os Telles foram, além de auxiliares do terrorismo nacional, também cúmplices morais do genocídio chinês, podendo ser acusados, pelas leis internacionais, de crimes contra a humanidade, como acontece com os apologistas até mesmo retroativos do regime nazista. Só escaparam disso até hoje porque não existem no Brasil organizações de direita e, se existissem, dificilmente seriam mesquinhas ao ponto de tentar explorar politicamente cada crime real ou imaginário cometido pelos comunistas quatro décadas atrás, como os comunistas não se vexam de fazer, com tenacidade incansável, contra seus adversários.

No caso em particular da reclamação contra o coronel Brilhante Ustra, o juiz encarregado do processo terá de ser um campeão de autocontrole, um verdadeiro asceta espiritual, para resistir à pressão da mídia que já prejulgou e condenou o acusado. Mesmo aquelas raras publicações que não chamam o militar diretamente de “torturador”, negando-lhe o direito de ser considerado inocente até prova em contrário, recusam-se obstinadamente a publicar qualquer das alegações que ele apresenta em sua defesa no livro A Verdade Sufocada. Entrevistá-lo, então, é hipótese proibida e impensável nesses primores de idoneidade que são os grandes jornais e canais de TV deste país. Quando eles choramingam que estão sendo oprimidos pela militância petista, fazem-no com sobra de razão, exatamente como a esposa fiel que, depois de fazer todos os sacrifícios possíveis pelo bem do marido, ainda leva uns tapas do sem-vergonha.

Mas, de modo geral, as vítimas do terrorismo estão colocadas numa posição juridicamente mais que favorável para exigir indenizações de seus algozes, já que o dano que sofreram foi imensuravelmente maior que o de qualquer comunista ou pró-comunista dos anos 60-70.

Em primeiro lugar, na época não agiam em nome de organizações ilegais, mas em obediência aos códigos militares e policiais que regiam o combate ao terrorismo. Mesmo que tenham cometido abusos e devam pagar por eles, resta o fato inquestionável de que esses desvios criminalmente imputáveis ocorreram no exercício de funções que eram, em si, perfeitamente legais, ao passo que os terroristas, mesmo quando se comportavam com honra e se esquivavam de participar de atrocidades como o assassinato de um prisioneiro a coronhadas pelo chefe guerrilheiro Carlos Lamarca, estavam envolvidos numa atividade essencialmente ilegal e criminosa, com o agravante de agir a mando de organizações internacionais como a OLAS, Organización Latino-Americana de Solidariedad, fundadas e subsidiadas por algumas das ditaduras mais genocidas que já existiram no planeta.

Em segundo lugar, as vítimas e familiares de vítimas do terrorismo foram alvo de tratamento abjetamente discriminatório por parte do governo esquerdista, que lhes recusou toda assistência e, quando lhes deu indenizações, tardiamente como aconteceu no caso da família do falecido sargento Mário Kozel Filho, foi mediante quantias miseráveis que, na comparação com a orgia financeira dos prêmios concedidos aos esquerdistas, somavam ao dano material o agravante moral da injúria. Isso quer dizer que, além de exigir indenização dos próprios terroristas, que hoje são poderosos e ricos, essas vítimas podem cobrá-la também do governo.

Em terceiro lugar, a disparidade de tratamento que os mortos dos dois lados receberam na mídia é tamanha e tão patente, que ninguém pode em sã consciência deixar de enxergar nela uma das causas da injustiça governamental na distribuição de indenizações – o que significa que os órgãos de mídia também podem ser acionados como autores dos imensos danos morais infligidos às vítimas e descendentes de vítimas do terrorismo.

Em suma: para cada processo cível que os terroristas e seus parceiros possam mover contra seus supostos algozes, as vítimas do terrorismo têm munição para mover pelo menos três: contra os terroristas, contra o governo, contra as grandes empresas de mídia.

Se houvesse organizações militantes de direita, e se estivessem conscientes da força do ativismo judicial como arma política, a dor que os esquerdistas sentiriam no bolso seria tão insuportável que, com imenso alívio, desistiriam de iniciativas como a do casal Telles e prefeririam investir suas energias na indústria nacional dos panos quentes.

Enquanto os perseguidos pelo petismo não decidirem se organizar para um ataque judicial a seus algozes, em vão pedirão socorro divino. Até Deus precisa de motivação. Se você mesmo tem preguiça de reconhecer a gravidade da sua situação, e de agir em conseqüência, por que haveria o Altíssimo de se preocupar com você?


FONTE:

http://www.dcomercio.com.br/noticias_online/706802.htm

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Tudo sobre a "silenciosa" crise Gov x Militares

Segunda-feira, Novembro 13, 2006 Alerta Total

Lula pede aos militares que não lhe façam oposição nas casernas e aceitem orientação regional para Defesa
Por Jorge Serrão

O presidente Lula da Silva quer anular qualquer oposição, mesmo silenciosa, que venha de dentro dos quartéis. Por isso, fez três recomendações aos comandantes militares.

Primeiro, que contenham quaisquer insatisfações contra o governo.
Segundo, que permaneçam neutros em situações críticas - como a da recente quebra de hierarquia militar, em que o Ministro da Defesa, Waldir Pires, recebeu sargentos da Aeronáutica, passando por cima do comandante da FAB, Tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos Bueno, que recebeu um apoio formal, depois negado oficialmente, do comandante do Exército, General Francisco de Albuquerque.
Terceiro, para que os altos comandos da Aeronáutica, Marinha e Exército contemporizem com os críticos internos, evitando intrigas que possam vazar e respingar no governo.
A contrapartida do governo para o “silêncio obsequioso” dos chefes militares será a promessa de mais investimentos para as forças armadas, no segundo mandato, além da garantia de que os militares não serão afetados por quaisquer medidas macro-econômicas que venham a ser tomadas pelo governo. O problema de Lula é que os militares, idealistas, não costumam aceitar “moedas de troca”.
Além disso, Lula deixou livres os alto-comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para que façam a escolha de seus futuros comandantes. Lula só escolherá o Ministro da Defesa, que poderá até ser um civil, embora tudo indique que será um militar com visão e ação política.
Os militares se irritam com a estratégia petista de incentivar a sindicalização de militares de patentes mais baixas, além de apoiar e incentivar, na surdina, o movimento denominado “Capitanismo”, que faz uma série de reivindicações no âmbito das três forças.
Outra orientação difícil de empurrar goela abaixo dos oficiais de alta patente é a aproximação estratégica com a Venezuela. Os novos chefes militares foram aconselhados a concordar com a política do governo de formar um bloco de atuação com as demais forças armadas da América Latina. Os militares encaram com ressalvar o fato de que Hugo Chávez, como comandante militar do Foro de São Paulo e agora do Bloco Regional de Poder Popular, seja o orientador da política regional para as Forças Armadas.

Lula quer que os militares brasileiros aceitem tal orientação sem reclamar.
Ignorando a tradicional postura militar brasileira, o novo ministro da Defesa deverá seguir tal orientação regional para a Defesa.
No momento, o nome mais cotado para ocupar o ministério da Defesa é o General de Exército Alberto Mendes Cardoso, que criou a Abin e o Gabinete de Segurança Institucional no governo FHC.
Mas existem chances de o cargo ser ocupado por outro militar de tripla articulação: política-ideológica (à direita e à esquerda), e no setor empresarial de Ciência & Tecnologia. Trata-se do ex-presidente do Superior Tribunal Militar, Tenente-Brigadeiro-do-ar Sérgio Xavier Ferolla.
Respeitado nas três forças, pois foi comandante da Escola Superior de Guerra (ESG), o militar é visto com extrema simpatia pelo governo petista, depois de dar seu apoio público ao Movimento dos Sem Terra, em recente artigo na Folha de São Paulo.
Ferolla também está prestigiado entre os petistas por ter dado uma palestra na mesa de debates sobre “Soberania da Pátria Grande e Defesa Militar”, ao lado do General Raúl Baduel, ministro da Defesa da Venezuela, na reunião para a criação do “Bloco Regional de Poder Popular” (BRPP), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, cidade de Sucre, na Bolívia.
Se ele não emplacar o Ministério da Defesa, poderá ocupar ou indicar alguém de sua confiança para comandar a área de ciência e tecnologia do governo, voltada para o setor aeroespacial, que é sua especialidade. Já a indicação do General Cardoso, considerado um militar diplomático, seria uma tentativa de composição com os tucanos.
A indicação de Marta Suplicy para o cargo da Defesa é mera especulação.

Além de Ferolla, outros nomes menos cotados, porém possíveis, para a Defesa são o de Marco Aurélio Garcia e do presidente da Câmara, Aldo Rebelo. Mas a posição ideológica de ambos, bem definida, poderia ser considerada um confronto com as forças armadas.
Muitos oficiais da ativa (manifestando-se nos bastidores) e da reserva (manifestando-se publicamente) não enxergam com bons olhos a recente tentativa de “revanchismo” contra os militares. A ação é simbolizada pela tentativa de processo civil, promovida pelo Movimento Tortura Nunca Mais, contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que é o líder do Movimento Terrorismo Nunca Mais.

O Comando do Exército alega que,
"como o assunto está tramitando na Justiça, o Exército Brasileiro não se pronunciará".
Mas as “legiões” estão atentas e de prontidão para o “respeito à Constituição”.

E o governo sabe muito bem disto.
Velhas idéias, Novas armações
A proposta de criação do Novo Bloco Regional de Poder Popular é uma nova velha idéia já defendida desde a criação do Foro de São Paulo, em 1990.
Participaram da fundação do Foro e seguem nele: Fidel Castro (quem convocou o grupo), Lula e o PT, o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC); a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua; a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG); a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador; o Partido da Revolução Democrática (PRD) do México.
Também compõem o Foro de São Paulo 153 grupos guerrilheiros e dezenas de partidos de esquerda da região que foram se juntando ao longo dos anos, como o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) do México.
Planos de Chávez
O presidente da República Bolivariana da Venezuela, coronel Hugo Chávez, promete investir US$ 30 milhões de dólares para construir 20 bases militares na Bolívia.
Elas ficarão situadas nas cinco fronteiras com o Chile, Peru, Paraguai, Argentina e Brasil.
As instalações ficarão sob a responsabilidade de militares venezuelanos, porém sob a supervisão e consultoria de militares cubanos, além de contar com a cumplicidade de oficiais bolivianos.
Detonem o Ustra
O Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra enviou um e-mail ao Alerta Total para ressaltar que o processo movido contra ele é “revanchismo” e pessoal.
Ustra contesta, com fotos, a versão de seus acusadores de que uma das suas acusadoras, Criméia Alice Schmidt de Almeida, tenha sido vítima de torturas antes e após o nascimento de seu filho.
Ustra relata que Criméia ficou presa no DOI/SP, durante 24 dias e depois foi enviada para Brasília, que era a área encarregada de combater a Guerrilha do Araguaia.
Criméia afirma que, em Brasília, continuou sendo torturada até a hora do nascimento da criança, ocorrido em 13 de fevereiro de 1973, após ter permanecido abandonada, em uma cela na prisão, durante mais de 20 horas em trabalho de parto.
Prova fotográfica
Ustra derruba as acusações de Criméia com fotos:
“Vejam a fotografia, onde Criméia aparece com o filho recém nascido, em fotografia tirada no Hospital Militar de Brasília, após o parto. Reparem as suas roupas, o seu olhar de felicidade junto com o filho. Será que essa moça, pela sua aparência, parece ter sido torturada há pouco tempo? Reparem nas roupas de seu filho, bem vestido. Pois o enxoval dessa criança foi comprado pelo Exército, por ordem do General Bandeira, comandante da Brigada onde Criméia estava presa. Aliás, esse enxoval foi entregue a Criméia por D. Lea Bandeira, esposa do General Bandeira, quando foi visitá-la no Hospital. Criméia se refere a essa visita como sendo da esposa do General Kruel e que segundo ela se “tornou mais tarde a prova do episódio tenebroso. Analisem a fotografia do batizado do filho de Criméia, feito pelo Capelão Militar. Vejam o semblante dos padrinhos, familiares de Criméia, Será que o Exército que a ”torturou” teria a preocupação de organizar esse batizado?”.
“Justiçamento” na Justiça
Dia 7 de novembro, Ustra viajou a São Paulo para ser ouvido no processo movido contra ele pela família Teles (Maria Amélia, César, Janaína, Edson Luis), além de sua irmã Criméia Alice Schmidt de Almeida.
No dia 8 de novembro, destaca que deveria ser ouvido pelo Juiz da 23ª Vara Cível, segundo intimação recebida.
“Não compareci ao Tribunal por deliberação de meu advogado, após o mesmo ter tomado conhecimento do despacho do Juiz que a seguir transcrevo:
1 - Como os autores renunciaram à colheita do depoimento pessoal do réu, não vê o Juízo fundamento para aplicar o artigo 342 do CPC. Portanto, essa prova não será colhida,
2 - Fls. 354, item 5: defiro. Int. SP, 01- 11.2006. Como não poderia ser ouvido, meu advogado julgou por bem que eu não comparecesse ao Fórum, onde um grupo de aproximadamente 70 militantes, companheiros dos autores, encontrava-se reunido”.
Se fosse, segundo informações da segurança do Fórum, Ustra corria o risco de ser “ovacionado” (isto é, ter ovos podres atirados contra si pelos democratas que o acusam).
Versão do Estadão

O jornal Estado de São Paulo deste domingo publicou uma versão de Brilhante Ustra para os fatos de que vem sendo acusado.
Palavras do coronel, na noite de sexta-feira passada, durante uma palestra na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), em São Paulo:
“Eu nunca fui um torturador. Sempre procurei tratar os presos lá no DOI com dignidade e humanidade. Foi isso que eu fiz com as presas e os jovens de lá. Tratava-os como brasileiros que estavam do outro lado. Minha função era o comando. O interrogatório era outra coisa”.
“Não é possível aplicar a Convenção de Genebra (convenção que regulamenta entre outras coisas o tratamento a prisioneiros de guerra) na guerra contra o terrorismo. Em nenhum país assolado pela guerra suja do terrorismo a convenção foi aplicada. Eles não usam uniformes, praticam atos de terrorismo contra inocentes e não respeitam as leis da guerra. É fácil falar de tortura, mas só quem estava à frente do combate tem o direito de falar sobre isso”.
“Eu não fugi. Eu estava no escritório do meu advogado às 12 horas, quando ele me disse: 'O senhor não vai depor porque a outra parte abdicou do seu depoimento.' Renunciaram ao meu direito de depor para não ouvirem a verdade que ia dizer lá (Ustra se refere ao processo movido pela família Telles). Mas eu vou dizer. Em 28 de novembro de 1972, nós estávamos na cola do PC do B, que tinha uma estrutura montada em São Paulo para mandar militantes ao Araguaia. Nós tínhamos de evitar isso para que eles não virassem uma Farc. Batemos então na gráfica do PC do B. Lá estavam a Amélia, o César, a Criméia e duas crianças. Eu disse: 'Tragam os adultos para cá e levem as crianças ao Juizado de Menores.' Perguntei aos presos se eles tinham parentes em São Paulo e eles disseram que tinham em Belo Horizonte. Era um delegado. Mas uma sargento da PM se ofereceu para ficar com as crianças até elas serem entregues ao tio. E o bobalhão aqui permitiu que os pais vissem as crianças diariamente”.
“Nós estamos em plena Lei da Anistia e eu estou sendo processado como o comandante de uma unidade militar quando a lei diz que quem deveria apreciar meus atos é a Justiça Militar. Estou sendo processado por um crime em uma Vara Cível. O que eles querem com esse processo contra mim é acabar com a Lei da Anistia. É o primeiro passo. O objetivo deles é também receber indenizações”.
“Com a reeleição de Lula, o Brasil caminha a passos largos para a implantação de uma República Socialista. O presidente já falou que gostaria de fazer uma Constituinte. Nós temos de respeitar essa democracia pela qual lutamos e as nossa leis têm de ser respeitadas”.
“O principal objetivo do Foro de São Paulo, do qual o PT faz parte, é tornar o Brasil socialista. Os cargos mais importantes são dos companheiros. O controle da mídia é indispensável, daí o conselho nacional de jornalismo. O controle educacional se fará por meio da reforma universitária. Agregam-se a isso as ações do MST, verdadeiro exército, é o braço armado do PT. Só lhe falta armas de fogo que, com o apoio das Farc, seriam facilmente obtidas. Devemos comparar a situação atual com a de pré-64, o Foro de São Paulo à Tricontinental, Hugo Chávez com Fidel, Lula com João Goulart, o MST com as Ligas Camponesas e João Pedro Stédile com Francisco Julião. Conclua agora para onde o Brasil está caminhando”.
Legiões se rebelam
O processo contra Ustra desencadeou uma ampla mobilização de oficiais das Forças Armadas - já fora da ativa - em apoio ao réu.
O pilar da argumentação dos oficiais solidários ao coronel é que a Lei de Anistia (1979) beneficiou não apenas os opositores condenados judicialmente, mas também os funcionários dos governos militares, ainda que não tenham sido alvo de ações na Justiça.
"Não existe anistia só de um lado; a anistia só vale para eles?".
A pergunta é do general-de-divisão (três estrelas) reformado Francisco Batista Torres de Melo, coordenador do Grupo Guararapes.
Sediada em Fortaleza, a associação reúne 463 oficiais das Forças Armadas (32 generais) e 1.020 civis.
Um manifesto do Grupo Guararapes considera a ação contra Ustra "descabida" e uma "afronta" à Lei de Anistia, de 1979.
Afronta à lei
"O processo é quase uma aberração".
A opinião é do General-de-exército da reserva Gilberto Barbosa de Figueiredo.
"A lei valeu para os dois lados. Depois dela, o processo não cabe. É a mesma coisa que querer julgar alguém que assaltou um banco. Zerou o jogo. Não vai mais ser julgado por crime que cometeu na época".
O General Figueiredo preside o Clube Militar, no Rio de Janeiro.
Crimes do outro lado
O advogado Paulo Esteves, defensor de Ustra, segue a mesma linha:
"A moeda tem dois lados com idêntica possibilidade de propositura de ações. É o que a anistia buscou evitar. Há pessoas na administração pública que têm contra si imputações [por atitudes] que não são das mais corretas. O processo traz à baila um assunto que não interessa a ninguém”.
O advogado se refere a crimes de assalto, seqüestro e morte cometidos por militantes da esquerda armada.
A Verdade Sufocada
Levantamento promovido por Ustra calcula em 120 os mortos e 330 os feridos em ações de guerrilha e terrorismo.
Atualmente, o coronel se dedica a divulgar seu livro "A Verdade Sufocada", com a versão sobre os anos de poder militar e os crimes da esquerda.
O Pires falou...
Militares da reserva criticam o “esquecimento” por parte do Alto Comando do Exército das palavras do então Ministro, General Walter Pires, na gestão presidencial João Batista de Oliveira Figueiredo:
"Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia".

Crédito: Jorge Serrão

Fonte : http://alertatotal.blogspot.com/2006/11/lula-pede-aos-militares-que-no-lhe-faam.html
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terça-feira, 14 de novembro de 2006

Não Tem Conversa

Christina Fontenelle
13/11/2006

Não Tem Conversa


Certa vez, houve um filme em que os oficiais hierarquicamente inferiores ao comandante de um submarino o destituiram do comando por traição à pátria, mas, por pena, alegaram que teria sido por insanidade. Eles demoraram a perceber as maléficas intenções do comandante. Mas, chegou uma hora em que suas consciências não puderam mais suportar o que ia ficando cada vez mais difícil de encobrir ou de justificar: tiveram que optar entre a cumplicidade na traição e a desobediência heróica. Optaram pela segunda alternativa. Os homens eram norte-americanos e a pátria os EUA. Pode-se falar muito mal desse "império". Muita coisa, acredito eu, até por inveja. Mas, não se pode negar: militares americanos jamais condecoraram aqueles que um dia, por ventura, estiveram em luta contra eles ou contra os EUA - no máximo, cumpriram acordos de paz. Não houve "Little Boy", "Fat Man", Vietnã ou Cambodja que tenham sido capazes de destruir a imagem que os americanos têm de seus militares. Ao contrário, é tradição americana protestar contra guerras e contra governos que maltratem seus soldados.

No Brasil, menos de mil pessoas morreram, desapareceram ou foram feridas, de um lado e de outro, na guerrilha fratricida que pretendia instalar a ditadura comunista no Brasil. Derrotados, os comunistas guerrilheiros deixaram o país. Anos depois, graças a anistia ampla, geral e irrestrita, retornaram à terra natal, muitos deles com a finalidade de dar continuidade aos planos comunistas interrompidos pela derrota. Continuidade essa que nunca deixou de ser dada, internamente, pelos companheiros que aqui ficaram cuidando do aparelhamento ideológico da mídia, das escolas, das universidades, das repartições públicas.

Quem teve, agora, a oportunidade de ler a confissão “estratégico-mentirosa” do marqueteiro João Santana na campanha presidencial do PT pôde perceber que a companheirada é capaz de qualquer coisa sim para obter aquilo que deseja. A Ação movida na Justiça contra o coronel da reserva do Exército, Brilhante Ustra, segue o mesmo padrão de raciocínio e de conduta por parte de guerrilheiros comunistas. Mentem, mentem e mentem, ainda em nome da causa – porque gordas, injustificáveis e imorais indenizações do Estado já conseguiram.

Não tem conversa. Se o coronel tiver que se retratar diante dos terroristas, a Justiça terá que exigir o mesmo de todos aqueles que praticaram assaltos, assassinatos, justiçamentos, seqüestros e atentados terroristas contra cidadãos e contra o Estado brasileiros. Entre eles, alguns hoje nobres cidadãos, como Fernando Gabeira. Coloco um ponto final antes de continuar a lista, para não misturar “alhos com bugalhos”, mas ela continuaria, imensa, com nomes como José Genoíno, Dilma Russef, Waldir Pires, José Dirceu, etc.

O jornalista Reinaldo Azevedo falou sobre esse assunto em seu Blog. Pediu “muita calma nessa hora” para os que lhe enviassem comentários. Noventa por cento deles concordam que a Ação é estúpida e ilegal. Na história “destepaís”, nunca a mídia de massas e as urnas estiveram tão distantes da maioria de seus cidadãos.

Publicação original:
Christina Fontenelle
13/11/2006
E-MAIL:
Chrisfontell@gmail.com
BLOG/artigos:
http://infomix-cf.blogspot.com/
BLOG/Série CAI O PANO:
http://christina-fontenelle.blogspot.com/

No Banco dos Réus



No Banco dos Réus

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra

Dia 7 de novembro viajei a São Paulo para ser ouvido no processo movido contra mim pela família Teles (Maria Amélia, César, Janaína, Edson Luis), além de sua irmã Criméia Alice Schmidt de Almeida. Esta última ficou presa no DOI/SP, durante 24 dias e depois foi enviada para Brasília, que era a área encarregada de combater a Guerrilha do Araguaia.

Criméia afirma que em Brasília continuou sendo torturada até a hora do nascimento da criança, ocorrido em 13 de fevereiro de 1973, após ter permanecido abandonada, em uma cela na prisão, durante mais de 20 horas em trabalho de parto.

Vejam a fotografia anexa onde Criméia aparece com o filho recém nascido, em fotografia tirada no Hospital Militar de Brasília, após o parto. Reparem as suas roupas, o seu olhar de felicidade junto com o filho. Será que essa moça, pela sua aparência, parece ter sido torturada há pouco tempo?

Reparem nas roupas de seu filho, bem vestido. Pois o enxoval dessa criança foi comprado pelo Exército, por ordem do General Bandeira, comandante da Brigada onde Criméia estava presa.

Aliás, esse enxoval foi entregue a Criméia por D. Lea , esposa do General Bandeira, quando foi visitá-la no Hospital. Criméia se refere a essa visita como sendo da esposa do General Kruel e que segundo ela se “tornou mais tarde a prova do episódio tenebroso”.

Analisem a fotografia do batizado do filho de Criméia, feito pelo Capelão Militar. Vejam o semblante dos padrinhos, familiares de Criméia. Será que o Exército que a ”torturou” teria a preocupação de organizar esse batizado?

No dia 8 de novembro deveria ser ouvido pelo Juiz da 23ª Vara Cível, segundo intimação recebida.

Não compareci ao Tribunal por deliberação de meu advogado, após o mesmo ter tomado conhecimento do despacho do Juiz que a seguir transcrevo:

1 – Como os autores renunciaram à colheita do depoimento pessoal do réu, não vê o Juízo fundamento para aplicar o artigo 342 do CPC. Portanto, essa prova não será colhida, 2 – Fls. 354, item 5: defiro. Int. SP, 01- 11.2006

Como não poderia ser ouvido, meu advogado julgou por bem que eu não comparecesse ao Fórum, onde um grupo de aproximadamente 70 militantes, companheiros dos autores, encontrava-se reunido.

As testemunhas apresentadas, como sempre, são companheiros dos autores, comprometidos com a causa.

www.averdadesufocada.com