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segunda-feira, 30 de outubro de 2006

QUEM ESTA PREVARICANDO E QUEM SE BENEFICIOU?

Transcrição de carta manuscrita.

São Paulo 24 de Outubro de 2006-10-29

Caríssimo Sr.Jucelino Nóbrega da Luz,

Após tê-lo conhecido obtive a certeza que tudo que fiz em relação às prisõe3s de Vandebran Padilha e Gedimar Passos juntamente com apreensão de R$1.715.380.00, não fora em vão.

Agora acredito que o caso na realidade foi algo que estava escrito na página da história política brasileira. E eu Edmilson Pereira Bruno fui apenas um instrumento a mão de Deus para que se fizese a justiça e fosse mostrado a verdade à sociedade brasileira. Por isso estou confiante e sinto que a injustiça que possa ser praticada por alguns homens não me atingirá..

Na madrugada do dia 15;09;06 por volta das 01:30hs estava presente no plantão da Superintendência da polícia federal de São Paulo quando um agente federal de nome “Arildo” recebeu um fax da Polícia Federal de Cuiabá /MT solicitando ao Diretor Executivo da Polícia Federal em SP Severino Alexandre para, que realizasse uma diligência ao Hotel IBIS / Congonhas no sentido de deter Valdebran Padilha que estaria na posse de R$1.000.000.00 que serviria para a compra de um dossiê

Que envolvia a “operação sanguessuga”(compra ilegal de ambulâncias) tendo em vista que Paulo Trevisam, emissário de Luiz Vedoim havia sido preso em Cuiabá com fotos e vídeos de José Serra e Geraldo Alckmin à frente de algumas ambulâncias material este parte de dossiê que seria vendido a políticos do PT.

Estranhamente o Diretor Executivo Severino Alexandre determinou apenas aos agentes federais Arildo e Luretio(ilegível) para que fossem ao hotel e realizassem a prisão de Valdebran me excluindo da diligência. Entretanto Arildo me avisou sobre o fato e eu me incluí na diligência como comandante sem o conhecimento do Diretor Executivo. Ao surpreender Valdebran na posse de R$1.000.000.00, no interior do quarto 475 do Hotel IBIS Luis Vendoim ligou várias vezes a Valdebran dizendo que estava o resto do dossiê por, digo, que estaria mandando o resto do dossiê por um outro emissário, já que Paulo Trevisam havia sido preso em Cuiabá apenas com as fotos de Serra e Alckmin. Luis estava preocupado se policiais federais stavam presentes junto com Valdebram no hotel o que foi negado por Valdebram. Portanto deixe claro que de fato um dossiê que incrimina vários políticos existia.

Durante a prisão de Valdebran no hotel diante do meu senso de investigação ele resolveu declinar que Gedimar Passos estava no quarto ao lado com outra parte do dinheiro que serviria para pagar o dossiê. Gedimar Passos também foi preso por mim e pelos agentes federais com mais R$715.380.00. Ambos disseram que o dinheiro era proveniente do Diretório Nacional do PT para comprar um dossiê com 2000 páginas o qual continha provas de corrupção contra políticos de todos os partidos políticos inclusive o próprio PT. Todavia seriam usados apenas contra o PSDB para atingirem às candidaturas de Serra e Alckmin.

As provas contra o PT seriam suprimidas e as provas contra (outros) políticos de outros partidos seriam usadas oportunamente pelo PT para outros fins. Disseram ainda que Luis Vendoim e Darci Vendoim dariam uma entrevista exclusiva a um órgão da imprensa predeterminado acusando apenas o PSDB. Gedimar afirmou sem qualquer pressão ou ameaça que Freud Godoi foi o homem que providenciou e comandou toda logística em São Paulo como hotel e remessa do dinheiro (ao hotel) para a compra do dossiê. Valdebran afirmou que o chefe de operação que estava acima de Gedimar e Freud foi Jorge Lorenzetti. Disse ainda que o primeiro contato que fez com Gedimar em Cuiabá este último compareceu com Expedito, diretor do Banco do Brasil. Gedimar afirmou que uma das pessoas que o entregou o dinheiro é um doleiro do PT. Quero esclarecer que Valdebran foi o homem de confiança de Luis Vedoim e Gedimar o advogado do PT.( ex agente de polícia federal em Brasília).

Enquanto eu estava junto com Valdebran em um telefone público próximo ao hotel IBIS quando este último negociava com Luis Vedoim a vinda do resto do dossiê, recebi a ligação do Diretor Severino Alexandre para que voltasse imediatamente à Polícia Federal com os presos detidos. Contudo mesmo no interior da Sede da Polícia Luis Vedoim continuou ligando para Valdebran para combinar a entrega do dossiê e receber todo o dinheiro, todavia o Superintendente da polícia Federal em SP., proibiu a continuação da negociação, e fez com que o celular de Valdebran fosse desligado.

O que impediu que o dossiê completo fosse apreendido por mim.

Gedimar foi apresentado ao Superintendente Geraldo José Araújo e ao Diretor Executivo Severino Alexandre os quais manifestaram ser amigos de Geedimar e por ele ter grande apreço.

Geraldo José Araújo liga para o ministro Marcio Thomas Bastos e3 diz a ele sobre as prisões, mas que os presos seriam ouvidos em declaração e após seriam liberados e apenas o dinheiro seria apreendido. Garantiu ao ministro Marcio T.Bastos que não seriam tiradas fotos do dinheiro e que o nome do presidente Lula não havia sido citado pelos presos, e que o ministro poderia ficar tranqüilo que os fatos não atingiriam o Presidente Lula.

Houve um fato que me constrangiu logo de início que foi a ordem do Diretor Severino Alexandre de que eu teria de colher as declarações de maneira curta e grossa e q,,ue eu deveria agir como um macaco, “não ouço, não vejo e não falo” .

No entanto não acatei a ordem e agi conforme minha discricionariedade que me é cabível como delegado de Polícia. Tanto é que vieram à tona os nomes de Freud Jorge Lorenzetti Ricardo Berzoini, Expedito, Hamilton Lacerda e outros, todos homens ligados ao PT e ao Presidente Lula.

Neste mesmo dia, 15/09/06 fotos envolvendo Serra e Alckmin, parte das declarações de Valdebran e Gedimar por min colhidas foram divulgadas na Rede Televisiva e nada se falou em cunho político e nenhum delegado de Cuiabá foi indagado sobre o vazamento das informações, já que tudo que eu fiz foi enviado via fax à Cuiabá naquele dia. Portanto o local onde ocorreu o vazamento.

Na segunda feira dia 18/09/06, pela manhã fui impedido pelo Delegado Severino Alexandre de ir ao hotel IBIS para buscar o DVD´s que continham o circuito de imagens do hotel, o qual demonstraria quais pessoas subiram ao quarto de Gedimar levando o dinheiro apreendido. Por volta das 12:30h fui convidado por severino Alexandre e outro delegado de nome Rodnei Loureiro, chefe da Divisão de Crime Organizado para almoçar em um restaurante próximo à Polícia Federal. Quando lá estivemos, eu pensei que seria elogiado por ambos. Mas fui execrado e ofendido por Severino Alexandre meu superior Executivo. O mesmo disse-me que eu era um delegado de “merda”, que não havia cumprido à ordem de agir como macaco que não ouve, não vê e não fala. Que eu jamais deveria ter apertado os presos. Que não deveria ter prendido Gedimar com parte do dinheiro, e sim apenas Valdebran. Que eu havia causado um problemapara. O Governo, e não sabiam como iriam con- -(como se encontra no manuscrito) Que eu jamais exerceria uma chefia, pois eu não agia como uma autoridade policial, e não tinha capacidade para .tanto. Disse que dali para frente faria de min um delegado de verdade. Disse a mim que Freud se apresentaria espontaneamente naquela tarde e que eu deveria ouvi-lo em declarações, porém estava com medo que eu o ouvisse, pois achava que3 eu também o apertaria em seu depoimento. Eu disse a ele sorrindo que colheria um bom depoimento como fiz com Gedimar e Valdebran. O Diretor Executivo9, Severino viu aquilo como uma afronta e me tratou com maior rispidez, e disse que eu era um desequilibrado, e mencionou que Freud era “ um dos nossos”. Mesmo assim acenou que eu faria a oitiva de Freud pois achava que poderiam acreditar que estariam abafando quando soubessem que aquele que prendeu Gedimar não fosse o mesmo que ouviria Freud. Pediu então que eu aguardasse em minha sala e quando Freud chegasse possivelmente me chamaria para ouvi-lo. Fato que não ocorreu. Somente 2 dias depois eu soube pelos jornais que uma delegada de nome Márcia, assessora direta de Severino Alexandre foi a pessoa que ouviu Freud. Os jornais começaram a divulgar notícias que havia uma operação abafa da PF sobre o caso dossiê. Foi quando minha chefia mandou-me a uma entrevista do coletiva à imprensa, de que eu não havia sido afastado do caso, mas sim que eu não fazia parte do caso, e que cumpri apenas uma ordem de Cuiabá de prender Valdebran durante meu plantão e após me ausentei para cumprir meus dias de folga. E ainda deveria dizer que eu não sabia da presença de Freud na segunda-feira do dia 18/09/06.

Eu cumpri à risca à ordem de Severino Alexandre e dei a entrevista coletiva na qual preservei à integridade de minha chefia e da Instituição, Polícia Federal.

No dia 27/09/06 um funcionário administrativo compareceu em minha sala e pediu cópia do ofício por mim emanado o qual determinava o depósito dos dólares apreedidos, no Banco Central . Dizia a pessoa que peritos iriam ao Banco Central tirar fotos dos dólares para .efeito de uma perícia. Dei a pessoa Cópia do ofício, pois os dólares foram depositados no Banco Central em meu nome. No dia 28/09/06 pela manhã fui à sala da perícia e em contato com o perito chefe , indaguei ao mesmo se as fotos tiradas dos dólares revelavam algum indício de suas origens. O perito disse que não havia ido ao Banco central e que não havia sequer mandado uma equipe para realizar a perícia. Foi quando pedi a ele que ligasse ao Banco Central e indagasse se alguém lá estivera usando o meu ofício. Ficamos surpresos quando um funcionário do Banco Central disse que no dia anterior havia comparecido uma equipe de policiais federais que tiraram fotos dos dólares que lá estavam depositados em meu nome. Juntamente com os peritos compareci, não só ao Banco Central como também na Protege local onde estão depositados os reais que eu aprendi e depositei na Caixa Econômica Federal. Bem tanto eu como os peritos realizamos fotos, tanto dos reais como dos dólares. Quanto a equipe de policiais que estiveram anteriormente no Banco Central, se tratavam de policiais federais que não faziam oficialmente parte da investigação. Pedi aos peritos que fizessem cópias das fotos que eu tirei do dinheiro em 3 mídias de CD. Eu disse que daria uma mídia ao Superintendente Geraldo Araújo, uma outra ao Dr. Diógenes, delegado presidente do inquérito, em Cuiabá e a última eu colocaria em meu arquivo pessoal.

No final da tarde desse mesmo dia desci para a sala e coloquei os 3 CD´s sobre à mesa do escrivão que dividia a sala comigo e sai dela para conversar com 2 delegados que estavam em outra sala no mesmo corredor do andar do prédio, também conversei com alguns repórteres que me aguardavam e queriam saber se havia alguma novidade sobre o caso do dossiê. Retornei á minha sala a trancafiei e sai para um compromisso particular. Ao retornar na manhã seguinte notei que havia apenas 2 CD´s . Me preocupei seriamente com a pessoa que pegou o CD com as fotos do dinheiro, qual fim poderia dar ao mesmo. De repente poderia armar uma situação de corrupção ou me envolver com alguém do PSDB para dar uma conotação política contra o PT. Criando uma situação de fraude contra o partido. Isso digo porque me avisaram que o PT tentaria me prejudicar de alguma forma. Também as palavras de Severino Alexandre ficaram em minha mente. Para me proteger contra qualquer armação que pudessem fazer contra mim resolvi divulgar os outros 2 CD´s para a imprensa em geral e ao mesmo tempo aproveitei à oportunidade de demonstrar meu dever cívico perante sociedade brasileira, que tinha o direito de ver o dinheiro ilícito do PT que serviriam para comprar o dossiê. Inicialmente pedi sigilo aos repórteres para ter tempo de narrar ao superintendente todo o ocorrido e também de não ser massacrado por toda imprensa que estava a porta da Polícia Federal no dia 29/29/06.

As fotos foram divulgadas por volta das 13:00h pelo Jornal “ O Estado de SP” via internet e não tive tempo de avisar o superintendente antes desse horário, mas mesmo assim compareci à sua sala por volta das 13:30 para dizer toda verdade. Mas ele disse a mim que deveria ir para casa esfriar a cabeça e retornar na segunda-feira dia 02/10/06, para narrar toda história antes de instaurar um inquérito policial e um processo administrativo para apurar os fatos. No sábado dia 30/09/06 longe da imprensa liguei a todos os órgãos da imprensa que tinha conhecimento e pedi que divulgassem que eu assumi toda responsabilidade pela divulgação das fotos e que na segunda-feira dia 02/’10/06 daria uma entrevista coletiva, caso fosse autorizado pelo Superintendente, sobre os motivos que me levaram à divulgação das fotos. Entretanto, no dia 02/10/06 me dirigi à sala do Superintendente e por ele não fui recebido e disse que não falaria mais co9mi8go. Ainda no sábado dis 30/09/06 fui chamado na Polícia Federal para me entender com o Diretor executivo, Severino Alexandre. Compareci em sua sala, o qual me revistou dos pés a cabeça, inclusive em meus órgãos genitais, sob o argumento que não era uma pessoa de confiança. Disse que meu futuro na Polícia Federal estava nas mãos dele e que eu tomasse muito cuidado com tudo que eu fizesse a partir daquele momento.

Diante de tanta pressão me socorri do Delegado Corregedor da Polícia Federal em São Paulo Dr. Ilegível o qual me disse, após eu narrar-lhe tudo o que ocorreu, que nada poderia fazer a não ser que eu deveria me defender dentro de um inquérito policial e um processo administrativo.

Hoje me encontro afastado, digo suspenso preventivamente de meu cargo de delegado.

Fui indiciado pelo crime de Quebra de Sigilo Funcional em inquérito policial onde sequer fui como interrogado para narrar toda a verdade sobre as fotos.

Agora uma comissão me procura para ser notificado no processo administrativo onde sou acusado por 7 transgressões distintas, nas quais 3 são casos de demissão dos quadros da Polícia Federal. Quero ressaltar que meu processo administrativo passou a frente de outros 30 processos que deveriam ser apurados antes do meu. O Inquérito Policial foi instaurado e relatado com meu indiciamento em menos de 20 dias e não foi me dado o direito de dar minhas razões.

Caro Jucelino me sinto desprezado humilhado e perseguido. Temo pela minha vida e peço a Deus que não me abandone. Apenas cumpri meu dever.

(assinado) Edmilson P Bruno

O que foi aqui transcrito é cópia fiel incluída as rasuras da carta manunscrita enviada ao Dr Jucelino cuja cópia original registrada em cartório pode ser vista em sua home page http://www.jucelinodaluz.com.br/dossie_sobre.htm

Me abstenho de fazer comentários por enquanto devido a que já se trata de assunto de extrema gravidade, e que sem dúvida o seu “ abafo” influiu numa eleição Presidencial, e que põe em dúvida a credibilidade dos dirigente da Instituição Polícia Federal.


Jose C Nascimento

" BRASIL ACIMA DE TUDO"